Confiança das famílias paulistanas para consumir sobe pelo quarto mês seguido

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Índice de Confiança das Famílias, da FecomercioSP, cresce 10% em relação a agosto, quando bateu o pior resultado da série histórica

 
Mantendo a retomada lenta iniciada a partir do segundo semestre, o Índice de Confiança das Famílias (ICF) fechou o mês de novembro em 67 pontos — alta de 10% em relação a agosto, quando o indicador chegou ao pior resultado desde o início da série histórica, com 61 pontos. O cenário positivo é corroborado pelo crescimento do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que chegou a 112 pontos no mês passado, numa linha ascendente desde maio, quando estava em 97 pontos.
 
Os indicadores — elaborados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) — mensuram a confiança dos paulistanos em consumir a cada mês: enquanto o ICF apresenta a postura deles em relação ao emprego, à renda, ao crédito e ao consumo, o ICC permite ver melhor como os consumidores se sentem em relação aos rumos de suas famílias e do País.

A melhora significativa em ambos os índices se explica, segundo a FecomercioSP, tanto pela reabertura gradual do comércio na cidade, no segundo semestre, quanto pelo pagamento do auxílio emergencial por parte do governo federal, a partir de abril. Isso se nota ainda pela expansão do consumo para outros segmentos como lojas de decoração, materiais de construção e eletroeletrônicos, que até o primeiro semestre registravam quedas nas vendas. Em meio ao auge da pandemia, apenas supermercados e farmácias tiveram resultados positivos.

Foi naquele período que tanto o ICF quanto o ICC atingiram suas mínimas históricas: o primeiro foi a 61 pontos em agosto, depois de começar o ano na marca dos 103 pontos. Já o ICC entrou em 2020 com 121 pontos e chegou a 132 em fevereiro, mas caiu para 97 pontos em maio — único momento do ano que ficou na casa dos dois dígitos.

No entendimento da Federação, porém, o avanço lento dos indicadores — mesmo com os bons indicadores da economia — é sinal de que as famílias estão mais observando com mais preocupação o momento econômico do País do que a própria situação em que se encontram. O fim do auxílio emergencial, a partir de janeiro, fará com que o consumo dependa novamente do emprego. No entanto, dados da FecomercioSP apontam para uma recuperação lenta de postos de trabalho perdidos durante o auge da crise. Além disso, com menos vagas formais preenchidas, a tendência é que o montante do décimo terceiro injetado na economia seja menor.

Notas metodológicas
ICF
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmentepela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego Atual; Perspectiva Profissional; Renda Atual; Acesso ao Crédito; Nível de Consumo; Perspectiva de Consumo e Momento para Duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório, e acima de cem pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias, assim como para as instituições financeiras.

ICC
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados com aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores, levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. Esses dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, se apresenta como: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

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