Em meio a um cenário de crise e incerteza causado pela pandemia, o segmento de bicicletas não tem do que reclamar. Pelo contrário, o mercado vem comemorando resultados bastante positivos. Segundo a Abraciclo, as fabricantes que operam no Polo Industrial de Manaus produziram 66.760 unidades em maio: volume 30% superior ao de abril e 209% maior se comparado com um ano atrás. Em se tratando dos cinco primeiros meses de 2021, a alta é de 42% diante do mesmo período de 2020. Os números poderiam ser melhores se não fosse a falta de componentes – gargalo que acomete, inclusive, a indústria automotiva. “Ainda não conseguimos atender toda a demanda”, diz Cyro Gazola, vice-presidente da Abraciclo. “Temos capacidade, mas faltam insumos para abastecer as linhas de produção, já que cerca de 50% das peças são importadas.” Até dezembro, a expectativa é de fabricar 750 mil bicicletas, um recorde. Isso, tudo indica, é apenas o começo de um período de ouro para as bikes. A sociedade mudou, e a busca por meios de transporte alternativos é uma tendência irrefreável nas grandes cidades brasileiras.
O mercado de motocicletas também apresentou bons números e acumula alta de 47% em 2021, com 463,4 mil unidades. A Abraciclo divulgou que a produção no Polo Industrial de Manaus foi de 103,8 mil unidades em maio, queda de 15,5% em relação a abril. A comparação com o mesmo período do ano passado fica prejudicada porque houve a paralisação em abril devido às medidas de combate à covid-19: em maio do ano passado apenas 14,6 mil motos foram montadas.